NO PRIMEIRO NATAL

24/12/2011 12:59

 

No primeiro Natal, não havia árvores montadas, nem luzes brilhantes nas ruas, nem presépios armados.

 

No primeiro Natal, não havia lojas de departamentos, lotadas com pessoas em busca de presentes. No primeiro Natal, também não havia cartões de crédito.

 

No primeiro Natal, não havia correrias nas ruas, gente tão apressada para comprar coisas que não tem tempo nem para ver pessoas e muito menos conversar com elas.

 

No primeiro Natal, não havia luxo ou riqueza. Por incrível que pareça, não havia consumismo no primeiro Natal.

 

Mas, então, o que havia?

 

No primeiro Natal, havia um jovem casal. Ele, um homem subitamente encarregado da responsabilidade de cuidar, amar e proteger a mãe do Redentor do mundo. Ela (não mais que uma menina) era aquela que, ao se render à vontade do Senhor, gerou em seu ventre a salvação de Israel e de todas as famílias da terra: Emanuel, o Deus Conosco.

 

No primeiro Natal, havia uma manjedoura. O menino recém-nascido descansou em suas primeiras horas de vida sobre restos de alimentos dados aos animais.

 

No primeiro Natal, havia pastores. Gente desqualificada, desconsiderada pelas elites sociais e religiosas. Os pastores eram sempre tidos como pecadores pois, guardando o rebanho alheio, não tinham como obedecer à lei do descanso no dia de sábado. Trabalhavam duro para sobreviver, sem descanso semanal, mas não eram considerados cidadãos pela elite do Templo em Jerusalém. É a estes pastores que as boas-novas do evangelho são primeiramente anunciadas. Não tenham medo, disse o anjo, pois vos trago novas de grande alegria que o será para todos: é que hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor.

 

No primeiro Natal, também havia magos do Oriente, pagãos impuros aos olhos dos religiosos judeus. Foram esses pagãos que souberam enxergar os sinais da vinda do Rei dos Reis. Seguindo sua estrela, foram eles os que buscaram e encontraram a Cristo, trazendo seus presentes: ouro, incenso e mirra.

 

No primeiro Natal, houve a encarnação. A Palavra tornou-se carne; Deus habitou entre nós. O Criador fez-se menino, fez-se jovem, fez-se homem. A encarnação foi a maneira de Deus mostrar como Ele é aos seres humanos. Muito diferente da imagem que os religiosos da sua época tinham a respeito de Deus – um Deus irado e exigente com a guarda da Lei judaica – a encarnação (e a vida de Jesus) revelou Deus como Pai. Jesus revelou que o Pai está no portão, à espera do filho que se perdeu. Mas também está nos desertos e montanhas, buscando a ovelha que não voltou para casa à noite. O Pai é aquele que ama sua criação, a ponto de dar seu próprio Filho como sacrifício por ela. Esta é a graça de Deus, revelada em totalidade em Jesus de Nazaré, e plenificada na encarnação do primeiro Natal.


No primeiro Natal, o Rei de todos os reis veio...
... Mas não veio para reinar, mas sim para servir. E entre os seus seguidores este deveria ser o mesmo processo. Aqueles que desejassem ser grandes no Reino de Deus que o Rei proclamava, deveriam ser aqueles que servissem em amor ao próximo. Servos, e não senhores, era o que Jesus buscava para serem seus discípulos. Por isso, assim como Ele, mesmo sendo Mestre e Senhor, havia lavado nossos pés, nós também deveríamos lavar os pés uns dos outros.

No primeiro Natal, o Rei de todos os reis veio...
... Mas os seus não O receberam. Antes, repudiaram, negaram e, por fim, crucificaram o Filho de Deus. Seus próprios conterrâneos não aceitaram sua missão. Nem mesmo seus irmãos deixaram de zombar do messianismo de Jesus. “Não é este o filho de José?!”, exclamavam, desafiadores. Das multidões de curados e alimentados, poucos foram os que voltaram dispostos a seguir o caminho proposto por aquele Nazareno. E no fim, na hora da cruz, Jesus estava só. Porém, a pedra que os construtores rejeitaram veio a se tornar a pedra principal, de esquina (Mt 21.42; I Pe 2.7) e todos os que O aceitaram receberam Dele poder para serem feitos filhos de Deus. Amados e benditos, aceitos e redimidos, nos braços do Pai.

No primeiro Natal, o Rei de todos os reis veio.
 

Sim! Ele veio!
 

Como o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Como a água que desce do céu e jorra do interior de todos os que o recebem. Como o Redentor do mundo, reconciliando com Deus todas as coisas. Como o Rei de Amor, de Graça e de Justiça. O Rei veio! Como o alfa e o ômega, o Princípio e o Fim; como um filho de um carpinteiro, nascido em Belém, chamado Nazareno, pregador das boas-novas do Reino de Deus, descortinador da alma e do coração humanos. O REI VEIO! Como um condenado à morte, e morte de cruz. Como um que ressuscitou ao terceiro dia, que subiu novamente aos céus.

E como um Rei que também voltará!

 

Natal não deveria ocorrer apenas uma vez por ano. Na verdade, o verdadeiro Natal (e Cristo é o verdadeiro Natal!) nasce a cada dia no coração de todos os que se rendem e aceitam este convite estranho de um Deus estranhamente (e infinitamente) amoroso para com sua criação. Quem quiser, venha! Beba de graça da água que realmente mata a sede! Coma do pão que verdadeiramente sacia a fome do corpo e da alma! Não se acanhe. Não titubeie. Não tenha medo, nem preconceitos, ainda que estes sejam religiosos. Entregue-se a Cristo e deixe a luz do Natal real e absoluto, eterno e constante, brilhar em sua vida.

Com certeza, você será abençoado pelo Natal de Deus!

Meu desejo e oração é que você e sua família tenham um Natal repleto das bênçãos de Cristo!!

 

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