Primeiro João Batista anuncia o Reino de Deus e depois esse mesmo Reino e anunciado por Jesus de Nazaré, para que possamos viver esse Reino de forma plena se faz necessário que ele chegue aos mais necessitado. Na parábola do Bom Samaritano Jesus ensina sobre vida eterna e Reino de Deus, precisamos praticar a compaixão da mesma como fez aquele samaritano, para que esse Reino alcance nossos irmãos em necessidades.
REFLEXÕES SOBRE O REINO DE DEUS
O Reino de Deus anunciado por Jesus possui um caráter duplo. De um lado, o anúncio do Reino implica em evangelizar os pobres, libertar os cativos, curar os enfermos e anunciar o ano aceitável do Senhor, numa clara alusão ao Ano do Jubileu, conforme proposto pelos escritos do AT (ver Lc 4.16-21; Lc 7.18-22; Lv 25). Vale lembrar que a proposta do Jubileu, encarnado na missão do Filho, é outorgada à Igreja cristã que vivencia em sua prática diária o compartilhar característico desse mandamento de Deus. E a conseqüência deste fato é clara: os pobres, citados no evangelho de Lucas de forma abundante, são virtualmente esquecidos em Atos (livro escrito pelo mesmo autor do evangelho lucano). E isso ocorre não por um esquecimento deste tema tão caro a Lucas, mas sim porque, na visão lucana, a presença da igreja na sociedade faz com que não haja mais pobres em seu meio (ver At 2.45; 4.32-35).
Por outro lado, contudo, o anúncio do Reino implica em se afirmar o caráter escatológico da pregação de Jesus (Mt 24.30-31; ver também a parábola das dez virgens em Mt 251.13). Sob esta perspectiva, o Reino já veio, mas ainda virá; somos cidadãos do Reino, mas ainda precisamos pedir que ele venha até nós. Isso significa que a plenitude do Reino de Deus, conquanto se revele paulatinamente na história humana, só se dará quando o Filho do Homem retornar em glória.
Se é assim, então é necessário que duas posturas complementares sejam praticadas pela vida dos cristãos, enquanto representantes e cidadãos desse Reino. Em primeiro lugar, precisamos anunciar o Reino na história, isto é, proclamar que a presença de Cristo e de seus embaixadores (II Co 5.20) produz e deve produzir mudanças históricas, mensuráveis por instrumentais sociológicos, políticos, econômicos e culturais. Libertação e salvação devem ser compreendidas de forma integral. Não é atitude cristã proclamar salvação da alma sem se importar com a miséria do corpo.
Em segundo lugar, precisamos proclamar a história no Reino, isto é, devemos reconhecer que é a esperança pela parusía o que move a igreja em sua missão no mundo. Somos peregrinos, e apesar de estarmos no mundo, não pertencemos mais a ele (Jo 17.14-16, 18). Antes, somos vocacionados à eternidade que se inicia no hoje, mas se plenifica na casa do Pai (Jo 14.2-3). Na verdade, a força das teologias elaboradas pelas igrejas vem desta esperança. Esquecê-la faz de qualquer teologia uma atividade sem substância ou relevância na história. Ou ainda, nas palavras de Hugo Assmann, "não há construção perfeita do Reino na história, porque ele é o horizonte que nos esquenta a esperança". Assim, o Reino que já está presente entre os cristãos é a semente que, ao morrer, dá muito fruto.
Marcio Simão de Vasconcellos
Tópico: REFLEXÕES SOBRE O REINO DE DEUS
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Gosto muito de ler sobre mensagens do reino de Deus, pois foi a mensagem principal de João Batista, cuja ordem veio de Deus e também foi continuada por Jesus e seus discípulos. E como Jesus disse que por ele estar curando as pessoas, expulsando espíritos malignos, mostrando com suas obras que Deus estava com ele, disse, então: "É chegado a vós o reino de Deus". E em outra ocasião ele disse que o "reino de Deus está dentro de vós". Mas para que o reno de Deus esteje em nós é preciso estarmos em harmonia com sua vontade, obedecendo a sua Palavra.